Lançado em Outubro de 2016, Titanfall 2 entra na briga dos FPS com foco no multiplayer por uma fatia deste rico mercado. Para tentar abocanhar um pedaço do mercado tão disputado, a sequência traz um modo história, que também serve como tutorial, e um rico modo multiplayer, como muitas opções de Titans, robôs gigantes e de personalização dos jogadores e dos Titans.
O jogo trás um modo história, não existente no primeiro jogo, muito interessante, não é nenhum super roteiro mas cumpre o papel de aprofundar o jogador naquele universo além de servir como um ótimo tutorial. A história pode ser completada em torno de 7 horas e cria uma mítica sobre a relação piloto e Titan, tornando o vínculo entre os dois muito semelhante ao do filme Pacific Rim (Círculo de fogo).
Na história você começa como um aprendiz de piloto que, dado certos eventos da história, se torna um piloto e deve superar uma série de percalços para conseguir sobreviver em um planeta “alienígena”. Essa trama vai evoluindo para algo maior e tenta colocar um pouco de sentimento mais próximo ao final do jogo. A estrutura do roteiro lembra um pouco Star Wars, você tem uma grande força que controla a “galáxia” e tem um grupo de rebeldes/resistência tentando resistir e lutar como pode contra esta força.
O jogo capricha no visual alienígena trazendo cenários belíssimos e não só inimigos humanos mas os seres nativos do planeta que você está. O visual das armas é futurista e convincente trazendo uma imersão cada vez maior neste universo. Uma pena que o Titanfall 2 se passe apenas em um planeta visto que dentro do lore criado pela Respaw, através do App oficial do jogo e da história contada, é explicitado que a humanidade agora está espalhada por diversos planetas.
Como um bom jogo de tiro temos o modo multiplayer, o mesmo consta com algumas modalidades diferentes, porém o baixo volume de vendas do jogo faz com que esses modos sejam escassos de jogadores e o que você consegue jogar é apenas o modo padrão de time contra time. Parte dessas baixas vendas podem ser atribuídas a janela de lançamento do jogo, tendo como lançamentos muito próximos o Battlefield 1 e Call of Duty: Infinity warfare, duas franquias famosas e muito consolidadas no mercado.
No multiplayer temos uma série de habilidades de personalização que deixam cada player com uma gama de estratégias completamente diferentes, habilidades como ficar temporariamente invisível, um gancho que ajuda alcançar alturas maiores facilitando o “rodeio” nos Titans, mecânica esta que foi ligeiramente alterada. Agora, ao subir em um Titan inimigo, você retira uma célula de energia do mesmo reduzindo a sua vida e esta célula pode ser inserida em um Titan aliado, consequentemente aumentando a energia dele.
Ao contrário do primeiro jogo em que a jogabilidade dos Titans dava a sensação de que você estava apenas maior e mais lento, em Titanfall 2 a jogabilidade é alterada significativamente, dando uma sensação completamente diferente quando estamos nos Titans.
A variedade de Titans é grande também. Temos 6 Titans completamente diferentes, cada um com sua própria gama de habilidades, como parar balas no ar e devolver ao inimigo, praticamente voar, entre outros, e esses poderes aliados a características únicas de cada Titan fazem com que a jogabilidade tenha muitas variações de um para outro, como o Ronin que é praticamente um robô samurai com um espada e foco em combate de corpo a corpo.
No modo normal para se utilizar os Titans temos uma barra que carrega com o tempo e, conforme você mata os inimigos, a mesma acelera o carregamento. Temos também modos no multiplayer em que todos os jogadores já começam com seu Titan. Como em outros jogos de tiro nem tudo está habilitado logo de cara, para habilitar novas armas e habilidades para o seu piloto e para o seu Titan você precisa subir de nível e “comprar” as novas armas e habilidades. Nem todos os Titans estão disponíveis logo de cara, o que significa que você vai ter que jogar um pouco para poder experimentar todos.