O embate legal entre a ZeniMax e a Oculus sobre os direitos e autoria da tecnologia de Realidade Virtual, relatado anteriormente AQUI pelo WannaPlay, terminou com vitória parcial da dona da Bethesda e Id Software.
A ZeniMax acusou a Oculus de roubar partes da sua tecnologia de Realidade Virtual para a criação do Oculus Rift, requerendo na justiça uma indenização de 2 bilhões de dólares, além de outros 2 bilhões adicionais por danos morais. O processo incluiu testemunhos de Mark Zuckerberg, dono do Facebook, atual detentor da Oculus, bem como o pivô de todo o problema, o programador John Carmack, pai da tecnologia VR do Oculus Rift.
Depois de apenas dois dias de deliberação sobre o caso o juri decidiu que a ZeniMax receberá um total de 500 milhões de dólares, já que ficou decidido que a Oculus não se apropriou indevidamente de segredos tecnológicos da Id Software. Porém o co-fundador da empresa, Palmer Luckey, de fato violou acordos de confidencialidade, ainda segundo o juri.
Além disso, a Oculus pode ainda ter de arcar com 200 milhões de dólares adicionais por outras quebras de confidencialidade, 50 milhões por infração das leis de copyright e ainda outros 50 milhões por falsa designação de origem da tecnologia.
Ambos co-fundadores da Oculus foram responsabilizados por acobertar provas, sendo Palmer Luckey e Brendan Iribe também repreendidos em 50 milhões e 150 milhões de dólares, respectivamente.
Depois da abertura do processo, ainda em 2014, o caso ganhou volume e chegou até a corte no último mês, forçando Mark Zuckerberg a entrar no litígio em nome do Facebook, depois de adquirir a Oculus. Em janeiro de 2017 ambas empresas apresentaram suas provas ao juri, que daria o veredito até o dia 30 do mesmo mês.
A decisão foi rápida, tendo o juri aprovado apenas algumas das acusações da ZeniMax. Foram então distribuídos valores de indenização proporcionais a cada um dos acusados pelo processo.
John Carmack repudia a decisão
Depois da decisão, John Carmack publicou uma nota repudiando as alegações pelas quais foi considerado culpado: “O julgamento a ZeniMax vs. Oculus terminou. Eu discordo da caracterização, condução e omissão seletiva. Eu nunca tentei esconder ou destruir qualquer evidência e todas as minhas informações foram abertas, ao contrário de algumas ‘histórias’ que foram divulgadas.”
Carmack trabalhou na Id Software em 2013 e foi acusado pela ZeniMax de ter copiado centenas de documentos em um pendrive, que a empresa afirmou terem sido cruciais para a criação da tecnologia VR da Oculus.
O programador repudiou ainda outras acusações por parte da ZeniMax, que afirmavam que os desenvolvedores da Oculus tiveram acesso a códigos secretos da tecnologia VR, além de técnicas específicas criadas pela empresa anteriormente.
Você encontra a nota completa de John Carmack AQUI, na sua página do Facebook.
A decisão deve solucionar o embate, mas não existem ainda informações sobre o encerramento oficial do caso e possíveis apelos das partes.