Mais uma vez Jim Sterling, o jornalista britânico ex-Destructoid e agora independente, causou polêmica, barulho e retaliação do público com sua análise de The Legend of Zelda: Breath of the Wild.
Sterling encontrou alguns pontos negativos que foram além das análises dos demais jornalistas especializados, conferindo nota 7/10 ao novo título da franquia Zelda, no programa Jimquisition, em seu canal do YouTube. Sua nota fez com que o novo jogo da Nintendo perdesse 1 ponto na classificação do Metacritic para o novo console Switch, caindo de 98 para 97 pontos no metascore.
Com a queda, o novo Zelda perdeu a segunda colocação no ranking geral de todos os tempos do Metacritic, que dividia com Tony Hawk’s Pro Skater 2, jogo do PlayStation, GTA IV, do PS3, SoulCalibur, do DreamCast, e GTA IV, para Xbox 360, ficando atrás apenas de The Legend of Zelda: Ocarina of Time, o único com nota 99 até hoje.
Com 97 pontos, The Legend of Zelda: Breath of the Wild passou a dividir a 3ª posição do ranking geral com a companhia de mais de uma dezena de outros jogos que compartilham esta mesma nota, incluindo Super Mario Galaxy, do Wii, o multiplataforma Grand Theft Auto V, Perfect Dark, do Nintendo 64, Metroid Prime, do Game Cube, entre outros.
Reação pública contra Jim Sterling
Esta não é a primeira vez que o público reage com fervor às análises de Jim Sterling. Não seria nem mesmo a primeira vez que seu site sai do ar devido à retaliação pública. Durante o lançamento de No Man’s Sky, da Hello Games, uma análise rigorosa com nota 5/10 de Sterling também levou à reação pública imediata e ataques hackers ao seu site, que também ficou fora do ar na ocasião. Nesta semana, por conta da nota 7 dada à Breath of the Wild, novamente o jornalista confirmou os ataques harckers ao seu site no Twitter:
Angry Zelda fans are now attempting to hijack my website and twitter.
— Jim RESISTerling (@JimSterling) 13 de março de 2017
Além de derrubar o site, muitas foram as acusações contra Sterling em relação à sua nota 7/10 para Zelda. Alguns fãs chegaram a questionar a integridade do jornalista, já que a relação de Sterling com a própria Nintendo passou por momentos de atrito e desgosto. Alguns apontaram que a nota baixa poderia ter sido motivada pelos problemas de direitos autorais que o britânico enfrentou ao utilizar imagens de jogos da empresa japonesa em seus vídeos de análises.
Jim Sterling também fez questão de responder a estas acusações sobre sua integridade pela rede social:
If you’re “questioning” my integrity because I didn’t lie about liking Zelda more than I did, you don’t know what integrity means.
— Jim RESISTerling (@JimSterling) 13 de março de 2017
Alguns seguidores, e até mesmo o próprio jornalista, fizeram questão de lembrar que a nota 7/10 não é uma nota baixa e que Sterling efetivamente gostou do jogo. Algumas de suas críticas apontaram para o fato de o jogo não introduzir novos inimigos para aumentar sua dificuldade, mas simplesmente aumentar a força dos NPCs existentes com o passar do tempo, além de algumas análises técnicas que envolviam as quedas constante de frames, entre outros detalhes.
“Os fãs deveriam jogar seu jogo 10/10 ao invés de ameaçar pessoas que também gostaram, mas não tanto quanto eles.”
De fato, em um mundo onde governos e ditaduras são constantemente acusados de repreender a liberdade de expressão da mídia, retaliar de forma tão radical a opinião de um jornalista simplesmente por não concordar com ela soa como algo infantil e perigoso ao mesmo tempo.
Além de, definitivamente, não ser um bom exemplo para a comunidade dos games.