Recentemente duas pesquisas importantes para o mundo dos games foram publicadas. A primeira, do Google, apontou grandes diferenças entre a visão da geração z e dos millennials no mundo dos videogames. Outra publicação importante foi a Pesquisa Games Brasil 2017, que apresenta a evolução do mercado nacional. Vamos esmiuçar cara uma delas aqui, no WannaPlay.
O estudo “It’s lit: a guide to what teens think is cool”, realizado pela Google, YouGov e Gutcheck, apontou alguns dados interessantes sobre a relação dos jovens da nova Geração Z com o mundo dos games, principalmente em relação à geração anterior, dos Millennials.
A pesquisa em questão foi aplicada inteiramente nos Estados Unidos, com um universo total de 1.600 adolescentes da Geração Z (atualmente entre os 13 e 17 anos) e 800 jovens adultos da geração Millennials (entre os 18 e 25 anos) entre os meses de maio e julho de 2016.
Diferente dos Millennials, a Geração Z parece ter mudado bastante seu ponto de vista em respeito às marcas que permeiam nossa indústria.
Segundo a pesquisa os videogames foram apontados como a sexta atividade mais legal (cool) entre todas as relacionadas pelos jovens, sendo que a grande maioria dos apoiadores da mídia foram do público masculino, com apoio bastante reduzido do número feminino nos Estados Unidos.
A geração z apontou a marca Xbox como a mais legal entre os sistemas caseiros atuais, superando o PlayStation, enquanto a geração anterior, dos millennials, preferiam o sistema da Sony no lugar da Microsoft. Uma mudança importante para o mercado.
Para a geração z o Xbox figura em excelente posição como a quarta marca mais legal do mundo, com o PlayStation citado apenas na sétima posição. Nesta classificação o YouTube ficou com o título, seguido pela Netflix e pelo próprio Google no segundo e terceiro lugares, respectivamente. Já marcas como Nintendo e EA ficaram para trás na classificação, lembrando que a pesquisa foi realizada apenas nos Estados Unidos e antes do lançamento do novo console Switch, da japonesa.
Mesmo assim, entre as séries de jogos mais populares para os jovens z, nascidos entre 1999 e 2003, encontramos na ordem: The Legend of Zelda em primeiro lugar, seguida de Call of Duty: Black Ops, Grand Theft Auto, Pokémon, Minecraft e Counter-Strike: Global Offensive, completando as mais amadas.
Já entre as tecnologias, o VR (Realidade Virtual) e a AR (Realidade Aumentada) aparecem como as mais legais entre as tecnologias mundiais, seguidas pelos smartphones, em especial pelos iOS da Apple.
Além das mudanças relacionadas ao mercado dos videogames, o estudo apontou muitas outras mudanças que ocorreram entre a geração dos millennials e dos z, com alterações radicais nos pontos de vista de ambos grupos sobre marcas, produtos, mídias, atitudes e atividades.
Pesquisa Game Brasil 2017
Deste lado do hemisfério a Sioux, a Blend New Research e a ESPM se uniram para lançar a tradicional Pesquisa Game Brasil 2017, específica para quem deseja uma excelente visão do mercado nacional dos jogos eletrônicos.
No total 2.947 pessoas responderam à pesquisa entre os dias 01 e 16 de fevereiro de 2017, gerando um perfil completo e atualizado do público gamer do nosso país.
Mais uma vez as mulheres ampliaram sua diferença em relação aos homens, sendo que, dos declarantes que afirmaram jogar jogos eletrônicos, 53,6% foram mulheres enquanto 46,4% somam ao público masculino. Em 2016 as mulheres eram 52,6%, enquanto os homens somavam 47,4% dos jogadores.
Já no campo das idades, a grande maioria dos jogadores encontra-se na faixa dos 25 e 34 anos (36,2%), seguidos dos 35 aos 54 (31,4%), somando um total de 67,6% do público. Já os jovens de 16 até 24 anos somam 28,4% dos gamers, na terceira colocação entre as faixas de idade.
Entre as categorias de jogos preferidos por todos os jogadores, a Estratégia ficou com 50,9%, seguida pelos jogos de Aventura com 45%, Ação com 42,4%, Corrida com 38,9% e Cartas com 35%. Entre os homens e mulheres, o público masculino prefere jogos de Ação com 53,5%, enquanto as mulheres têm predileção pela Estratégia, com 48,9% da preferência.
Entre as plataformas de costume os sistemas mobile seguem na frente com 77,9% de adesão, principalmente das mulheres. Na sequência os computadores aparecem com 66,4% e a preferência entre os homens, seguidos dos videogames (consoles) que abarcam 49% da popularidade.
O que muda quando a questão é a preferência de plataformas não é a liderança do mobile, mas as posições entre consoles e computadores, que se invertem, com os consoles caseiros capitaneando a segunda posição entre os sistemas preferidos.
Já no mundo dos consoles a maioria dos jogadores ainda possui o Xbox 360 (44,2%) em suas casas, seguido pelo PlayStation 3 (29,2%), PlayStation 2 (26,5%) e PlayStation 4 (21,8%) na sequência. Apenas 16% possuem um Xbox One e 5,8% possuem um Wii.
Por outro lado o console preferido entre todos os respondentes foi o atual PS4, com 30,7% da preferência, enquanto o Xbox One ficou com apenas 13,2% da preferência, na quarta posição.
Apesar da grande adesão dos gamers, dentro do universo total 54,1% dos respondentes consideram-se apenas jogadores casuais, com apenas 29,7% se colocando na faixa dos hardcore.
Entre os motivos dos brasileiros para adquirir um jogo, o preço ficou em primeiro lugar seguido da afinidade com uma franquia, da popularidade entre os amigos, dublagem e localização e, por último, por influência dos reviews da imprensa.
Em resumo
Mais uma vez o gamer brasileiro se consolida com perfil multiplataforma, enquanto as mulheres continuam a crescer como principal público deste mercado. Outro crescimento em popularidade fica por contra dos smartphones, principal plataforma no país.
Uma grande mudança foi a relação de pais e filhos com os jogos eletrônicos, já que agora os pais consideram que jogar faz bem para seus filhos, se feito com cautela.
Os eSports seguem a tendência de 2016 e apresentam crescimento, majoritariamente com o aumento do número de fãs que assistem aos grandes campeonatos.
Para conferir todas as informações da pesquisa você pode baixar a versão gratuita ou comprar a versão completa no Site Oficial.