Primeiramente quando iniciei Dystoria e assisti sua breve introdução, onde um garoto encontra um arcade e é abduzido para se tornar um piloto de espaçonave, a primeira coisa que me veio à mente foi a impressão de já ter visto esse filme. Esta premissa é uma clara referência ao filme dos anos 80 The Last Starfighter, O Último Guerreiro das Estrelas.
As referências aos anos 80 não param por aí. O jogo possui um visual completamente neon, lembrando muito a identidade visual de Tron, e de quase tudo que era pop na época, sendo que as telas, naves e todo o resto não possuem preenchimento, apenas contornos de linhas brilhantes de diferentes cores, definindo as naves e objetos do cenário dentro do estilo retrô proposto.
Além de toda a homenagem visual aos anos 80, Dystoria ainda traz uma trilha sonora eletrônica extremamente bem harmonizada com a velocidade frenética do game em boa parte das telas. A combinação do conjunto fecha perfeitamente em uma grande viagem psicodélica em forma de jogo eletrônico.
Dystoria possui uma progressão clássica de fases, com itens para coletar e inimigos para destruir, sempre com um objetivo específico informado. A conclusão de cada objetivo habilita o ponto de saída da fase, direcionando o jogador para o próximo desafio.
As telas possuem alguns itens coletáveis que são a moeda virtual do jogo. Com esse dinheiro você pode comprar novas armas mais potentes para sua nave e até adquirir outras novas. Cada embarcação possui diferentes atributos e pode carregar até três armas diferentes em cada um dos seus slots.
A movimentação do game é um dos detalhes mais interessantes da jogabilidade: sua nave se movimenta colada à superfície do cenário, porém em qualquer parte dele. As telas são completamente tridimensionais e compostas por formas geométricas interligadas, dessa forma a nave não estará presa à superfície superior da tela, por exemplo. Você se movimenta nas porções laterais e na parte de baixo também, tornando possível explorar minuciosamente todos os cantos.
Dystoria oferece uma boa dose de desafio, sempre evoluindo a complexidade das telas e dos seus objetivos, variando e adicionando novos inimigos mais resistentes e com armas cada vez mais poderosas, forçando o jogador a sempre evoluir seu equipamento também.
O grande ponto deficiente foi a falta de um modo multiplayer, pois as telas seguem o formato arena e sua movimentação livre, com ótimos controles, entregam todas as características para que o jogo tivesse um excelente modo multijogador.