O sentimento de perplexidade tomou conta da internet nesta quinta-feira, 17 de outubro. Depois de um longo tempo de enrolação, finalmente a Sony Brasil revelou o preço do PlayStation 4 em nossas terras: inacreditáveis R$ 4 mil, praticamente o dobro do valor cobrado no Xbox One, que sai por R$ 2,2 mil. É também, de longe, o mais caro do mundo, custando R$ 1,6 mil a mais do que o segundo colocado, o PS4 argentino.

Em termos práticos isso significa que, em tempos de jogos localizados e vendas nacionais crescendo como nunca, a gigante japonesa está praticamente desistindo do mercado brasileiro. Por mais popular que a marca seja por aqui, não existe concorrência pelo dobro do preço. A única saída seria o console vender muito no chamado “mercado cinza”, porém é difícil acreditar que a diferença de preço seja tão significativa ao Xbox One nacional para fazer a diferença (e não se esqueçam que o XOne importado também será comercializado em vias paralelas). A Microsoft está com a faca e o queijo na mão para dominar nosso mercado.

Com o eminente fracasso do PlayStation 4 fabricado no Brasil, como ficarão as conquistas que obtivemos nos últimos anos, como dublagens de qualidade em nosso idioma, lançamentos simultâneos ao exterior e uma PSN nacional com mais conteúdo? Iremos retroceder aos tempos dos games somente importados? A Sony continuará enxergando potencial no Brasil, mesmo com vendas baixas?

O futuro da indústria nacional parece bastante incerto na próxima geração, ao menos para aqueles que ainda desejam um PS4. O certo é que, independente de ser justificável ou não (embora as tais justificativas sejam difíceis de engolir), o anúncio do PS4K não caiu nada bem e arranhou feio a imagem da Sony. A gigante japonesa está descobrindo o tamanho do Brasil, infelizmente da pior forma que poderia.

Autor: Ale Romero (@aleromero1)