É, mais uma vez voltamos a esse tema. Antes de adentrar o assunto, vamos deixar claro que o WannaPlay não quer julgar nenhuma situação, seja o leitor adepto ou não da pirataria. Mas vamos ao que interessa.
Falando em termos de pirataria como um todo, estamos cercados por ela em todos os lados, seja nos filmes, música, séries ou jogos, porém, no PlayStation 4 em específico, não era possível o famoso “desbloqueio” até pouco tempo, e é justamente essa recente polêmica que vamos retratar aqui.
Veio a conhecimento público de que “crackers” descobriram como clonar os jogos originais para colocá-los no sistema do PS4 de qualquer cliente. Não vamos discutir detalhes de como é o processo, mas sim as consequências que ele traz na prática. Primeiramente, isso realmente é possível? Sim. Já é visível, nos antros dos games, lojas com cartazes e panfletos anunciando esse serviço. Porém antes que você levante e saia correndo com seu “Play” debaixo do braço, vamos falar do que isso pode trazer de bom ou de ruim para o usuário.
A primeira coisa que deve ser citada ao se falar sobre esse tema são os porquês. Porque o usuário procura a pirataria? Porque muitas vezes ela não é abolida? Porque este é um tópico tão polêmico? Vamos por partes. Na indústria brasileira de jogos particularmente, podemos colocar como fator principal do uso dessa prática o preço das mídias, já que na cabeça do jogador, é mais fácil ter o jogo pirata por ¼ do preço de um original (que é exorbitante), fora que muitas vezes é de fácil acesso.
O seu jogo será mais barato que o original? Certamente, mas essa é a única e exclusiva vantagem que esse “desbloqueio” traz. Já as desvantagens, entretanto, são inúmeras e de proporções catastróficas (sim vamos fazer drama para frisar bem).
Primeiramente, reparamos que o Brasil vem conquistando espaço e mostrando sua força no cenário internacional ao longo destes últimos anos, seja com a localização de jogos para o português brasileiro – incluindo dublagens, sendo algumas de ótima qualidade -, seja com uma melhoria de qualidade de lojas eletrônicas como a PlayStation Store e a Xbox Live, dentre outras muitas coisas. Certamente perderemos todas estas conquistas caso os jogadores prefiram aderir à pirataria em grande peso, pois as grandes produtoras e distribuidoras, pelo simples fato de não terem quase nenhum retorno com seu trabalho, acabarão perdendo o interesse em nosso mercado.
Além disso, desenvolvedores trabalham feito cão e por muito tempo para nos proporcionar um jogo de qualidade. Pense no quão injusto é depreciar este processo e o trabalho de tantas pessoas.
Por fim, não podemos nos esquecer de que é bastante provável que a Sony, seja em um futuro próximo ou não, lance mão de alguma atualização ou solução para a pirataria.
Portanto, caro amigo ou amiga, pense bastante antes de aderir ao “jeitinho brasileiro” para conseguir seus jogos baratos. A indústria de games brasileira cresceu graças àqueles que gastaram seu suado dinheiro em jogos originais, e a pirataria nada mais é do que um retrocesso para o nosso mercado. Certamente é melhor para todos nós que o Brasil apareça nas manchetes internacionais como um país cheio de potenciais consumidores, e não como o pioneiro no desbloqueio de qualquer console.
Autor: Victor André (@victorrego99)
Quer saber mais sobre os números da pirataria e quais as consequências que ela traz ao mercado de games? Ouça nosso podcast sobre o assunto!